Da promessa digital aos videogames do oprimido. Chaves sobre um uso de resistência através do consumo cultural

Resumo

Este artigo propõe um caminho para compreender por que o videogame, entendido em sua dimensão cultural, poderia ser uma ferramenta útil para transmitir relatos diferentes aos que circulam nos meios de comunicação tradicionais. Para cumprir esse objetivo, recorre-se a diferentes reflexões da tensão poder-resistência, ao considerar as transformações que implica a irrupção das tecnologias digitais, articuladas com contribuições dos campos do feminismo e da crítica pós-colonial. O cruzamento desses argumentos com algumas das mais recentes propostas do campo teórico dos videogames sugere uma base para cristalização desse suposto nas margens do poder.