Da cultura/comunidade do fã ao mundo do fã: possíveis vias e maneiras de fazer fandom
Palavras-chave:
Cultura do fã, comunidade do fã, subcultura, mundo, Howard BeckerResumo
Neste artigo volto aos conceitos da cultura e da comunidade do fã, que têm sido foco para os estudos dos fãs. As críticas da teoria sub-cultural, junto com a fragmentação do fandom em fãs “tradicionais” e “de marca”, tem sugerido que o fandom da mídia não pode ser visto como uma cultura ou comunidade coerente. Em consequência, considero como um conceito do mundo dos fãs aborda algumas destas críticas emergentes da cultura/comunidade dos fãs, expondo o que uma teoria mundial pode oferecer aos debates atuais sobre o fandom. Interessa-me particularmente o foco de Howard Becker sobre os mundos da arte (Becker, 2008) e a visão geral de Steven Connor sobre os conceitos de mundo (Connor, 2010). Isto me permite elaborar um modelo do mundo dos fãs, afastando-me de uma posição na qual as teorias do mundo foram adoptadas geralmente com relação à construção do mundo das franquias para pensar nas plataformas e vias através das quais se pratica o fandom atualmente. As formas de “fazer fandom” são eleitas, mais ou menos reflexivamente, pelos fãs de uma série de possibilidades comuns e individualizadas. E as “vias que não se tomam” tornam-se contra fáticas já que os fãs seguem certos ramos de atividade, e não outros, desenvolvendo formas específicas de especialização e posicionamento dos fãs em vez de outras (Giddens, 1991). O mundo dos fãs representa esta necessidade aberta de ter que escolher vias específicas do fã dentro da “condição participativa” contemporânea, que se compõe de todas as possíveis versões e ramos da identidade do fã.
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