Ser re(des)conhecido como vítima: as vítimas do conflito armado colombiano na obra Copistas

Autores

  • Richard Tamayo-Nieto Autor Universidad del Rosario

Palavras-chave:

Vítimas, violência, conflito armado, práticas artísticas, performatividade, representação política (Fonte, Tesauro da Unesco).

Resumo

A partir da performance Copistas, desenvolvida dentro da pesquisa “As vítimas na arte: processos de visibilização e representação”, de Juan Carlos Arias e José Alejandro López, da Pontificia Universidad Javeriana de Bogotá (2016), realiza-se uma análise discursiva da “vítima” como sujeito jurídico na Lei 1448 de 2011 da Colômbia ou Lei de Vítimas e Restituição de Terras. Este artigo sugere que o significante “vítima” ganha valor na tensão entre: 1) um aparato de Estado de natureza jurídica e técnico-administrativa que produz um sujeito habilitado para exercer certas prerrogativas de direito; 2) modos de subjetivação individual e coletiva que são definidos pelo contexto da situação vitimizante, a capacidade psicossocial de elaboração do trauma e as táticas de construção de agência política; 3) uma máquina semiótica de regulação e normalização das expressões e das formas narrativas às quais as vítimas podem recorrer. Conclui-se que a equivocidade e os usos estratégicos, ideológicos e políticos da categoria de vítima são o resultado de processos performativos que obrigam a realizar uma crítica posicionada dos modos em que as vítimas do conflito armado são constituídas.

DOI: 10.5294/pacla.2016.19.3.10

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Publicado

2016-06-08

Como Citar

Tamayo-Nieto, R. (2016). Ser re(des)conhecido como vítima: as vítimas do conflito armado colombiano na obra Copistas. Palabra Clave, 19(3), 919–937. Recuperado de https://palabraclave.unisabana.edu.co/index.php/palabraclave/article/view/6704

Edição

Seção

Artículos