Sobre a tristeza de viver com o medo sobre os ombros: memória, violência e porvir

Resumo

Aqui nos dedicamos ao problema central de pensar a tristeza e a alegria em cenários de conflito armado, violência, guerra e dor. Queremos mostrar que a riqueza da vida em geral está no desafio de valorizar, caso a caso, aquilo que serve à ampliação vital e à duração de todo o vivo. Dizemos aqui: não podemos esquecer os contextos substanciais nos quais a vida se expressa a fim de poder submeter o comportamento a julgamentos práticos de natureza ética, julgamentos que tentaremos definir na categoria da alegria e na da tristeza. Afirmamos que os motivos para agir, as ações em si, o comportamento que assumimos ante os demais podem ser entendidos entre os que vão ao encontro e o favorecimento da vida e aqueles que acabam, censuram, proíbem, limitam e acabam com ela. Na primeira parte, caracterizamos o problema geral do conflito armado e a violência na expressão "de verdade houve tempo para a tristeza". Em seguida, caracterizamos os conceitos de potência e tristeza para formular a questão central de como viveremos juntos com o reconhecimento e as marcas do terror e da dor. Finalmente, proporemos solução a essa pergunta na tese sobre a experimentação coletiva e a formação de redes. Esta última parte se assume como conclusões.