Os conteúdos transmídia e a renovação de formatos jornalísticos: a criatividade na elaboração de novas propostas informativas

Autores

  • María José Arrojo Autor Universidad de A Coruña

Palavras-chave:

ornalismo, criatividade, desenho, comunicação (Fonte, Tesauro da Unesco).

Resumo

A existência de um novo fenômeno comunicativo —o jornalismo transmídia— requer um tipo de estudo apropriado no âmbito das ciências da comunicação. Essa tarefa de pesquisa realiza-se aqui sobre a base de três componentes principais: a) a necessidade de estudar as ciências da comunicação a partir da perspectiva das ciências de design, b) a importância da criatividade na elaboração de novos modelos informativos e c) as novas oportunidades e desafios que o fenômeno transmídia apresenta ao setor informativo.

Em primeiro lugar, o jornalismo transmídia pertence ao terreno do artificial, ao menos por três razões principais: a) por sua origem no design, b) por sua orientação para conseguir ampliar as possibilidades humanas e c) pelos resultados aos quais dá lugar, que potenciam a comunicabilidade humana. Esse novo fenômeno é analisado aqui sob os termos do inovador design com os quais os transmídia contribuem. Essa tarefa de pesquisar os desenhos comunicativos corresponde às ciências da comunicação no que se refere às ciências de design, que analisam seus objetivos, processos e resultados.

Em segundo lugar, estuda-se a criatividade no desenho comunicativo visto que o jornalismo transmídia surge da inter-relação entre a criatividade do desenho comunicativo e dos novos suportes fruto da inovação tecnológica. Indagar sobre essa criatividade cabe às ciências da comunicação, enquanto o suporte que faz possível esse fenômeno diz respeito às tecnologias da informação e à comunicação, que aprofundam no tipo de artefatos necessários para os fins procurados. Sobre isso, os objetivos do jornalismo transmídia requerem um alto grau de criatividade. É o requisito para que os processos realizem-se e os resultados possam ser cada vez mais sofisticados.

Já na terceira instância aprofunda-se nos resultados: como o novo desenho comunicativo provocou uma mudança de fundo com relação à abordagem tradicional. A mudança refere-se tanto aos fluxos da informação —agora é bidirecional— quanto à programação, à produção, à distribuição e ao consumo dos conteúdos informativos. Assim, no setor informativo abrem-se novas expectativas: a) ao elaborar novos desenhos (com seus objetivos), b) ao estabelecer os processos (um novo sistema de tratamento e edição da informação em diferentes plataformas) e c) ao analisar os resultados (um aumento do consumo de conteúdos informativos em diferentes suportes, em mobilidade, em tempo real e em um cenário em que o consumidor reivindica um maior protagonismo no próprio processo comunicativo).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

María José Arrojo, Universidad de A Coruña

Profesora Contratada Doctora, acreditada Profesora Titular Facultad Ciencias de la Comunicación.

DIrectora de la Escuela de Medios de LA Voz de Galicia

Publicado

2014-12-15

Como Citar

Arrojo, M. J. (2014). Os conteúdos transmídia e a renovação de formatos jornalísticos: a criatividade na elaboração de novas propostas informativas. Palabra Clave, 18(3). Recuperado de https://palabraclave.unisabana.edu.co/index.php/palabraclave/article/view/4494

Edição

Seção

Artículos