É ainda possível a comunicação em meio do império da incomunicação?

Autores

  • Patricia Bernal Autor Pontificia Universidad Javeriana

DOI:

https://doi.org/10.5294/3308

Palavras-chave:

Antropologia filosófica, comunicação, técnica, redes sociais. (Fonte, Tesauro da Unesco).

Resumo

Este artigo analisa as possibilidades de uma antropologia da comunicação em um percorrido pelas categorias da técnica, das redes sociais, da hiperconexão, do vazio e do isolamento. Dessa forma, pretende-se enfrentar a pergunta pela comunicação concretada na autocompreensão do homem contemporâneo e sua conexão com o mundo. É indubitável que a técnica indica o posto do homem na sociedade, no dispositivo dos dispositivos, que se vê refletido no mundo externo o saber multifacetado da mente, acompanhada sempre da comunicação como possibilidade. Por isso, atende à disposição, à conexão de elementos, ao desenho de um sistema congruente de símbolos que converte o mundo em um mundo sem um centro; agora, é uma rede imensa de indivíduos isolados, de mensagens fraturadas dentro uma sociedade desarraigada, na qual se corre o risco de se perder na abundância de dados que circulam na rede ou de se eliminar em seu lixo virtual. Somente nos comunicamos com breves mensagens informáticas, em vez de falarmos diretamente com o outro; suprime-se aqui o rodeio hermenêutico da compreensão sob a exigência da brevidade. Não há tempo para isso, ou seja, não há tempo para a compreensão de si.

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Biografia do Autor

Patricia Bernal, Pontificia Universidad Javeriana

Profesor asociado, e investigadora del Departamento de Comunicación de la Facultad de Comunicación y Lengauje de la Universidad Javeriana. Magister en Comunicación, Magister en Filosofía y Doctora en Filosofía.

Publicado

2013-08-27

Como Citar

Bernal, P. (2013). É ainda possível a comunicação em meio do império da incomunicação?. Palabra Clave, 17(2), 294–319. https://doi.org/10.5294/3308

Edição

Seção

Artículos