Como a guerra entre Rússia e a Ucrânia é apresentada no Twitter? Análise retórica dos memes mais populares
DOI:
https://doi.org/10.5294/pacla.2023.26.2.8Palavras-chave:
Comunicação, internet, meios sociais, opinião pública, participação do públicoResumo
Em paralelo às representações dos meios de comunicação, os memes vêm se constituindo um instrumento poderoso dos usuários na internet para transmitir opiniões e expressar emoções sobre a guerra. Isso abre espaço a um fenômeno comunicacional impensado: falar sobre esse fato com humor, apesar dos milhares de mortos e deslocados. Tendo em vista seu caráter persuasivo e difusão exponencial, os memes contribuem para criar a opinião pública e a realidade social. Por essa razão, este estudo pretende decifrar e descrever os significados que predominam nos memes mais populares sobre esse acontecimento e identificar sua intenção emocional ou cognitiva, a retórica e o estilo do humor empregados, sua finalidade e, no caso dos memes considerados prejudiciais ou daninhos, seus objetivos e público ao qual o dano aponta. A partir de uma análise retórica e de conteúdo aplicado aos 10 memes mais populares no Twitter, foi constatado que estes têm uma alta carga moral: indicam os erros de outros. As críticas estão dirigidas à América Latina, a Putin, aos meios de comunicação ocidentais e à Organização do Tratado do Atlântico Norte. A emoção e a intenção predominantes são o medo e a crítica social. O caráter intertextual dos memes implica três graus de dependência semântica. Esses resultados evidenciam que, detrás de seu humor aparentemente inofensivo, estão permeadas ideologias, perspectivas e críticas sociais que encontram apoio na rede.
Downloads
Referências
Ayala, T. (2014). Redes sociales, poder y participación ciudadana. Revista Austral de Ciencias Sociales, 26, 23-48. https://doi.org/10.4206/rev.austral.cienc.soc.2014.n26-02
Barthes, R (1971). Elementos de la semiología. Alberto Corazón.
Barthes, R. (1986). Lo obvio y lo obtuso. Imágenes, gestos, voces. Paidós.
Candale, C.-V. (2017). Las características de las redes sociales y las posibilidades de expresión abiertas por ellas. La comunicación de los jóvenes españoles en Facebook, Twitter e Instagram. Colindancias. Revista de la Red de Hispanistas de Europa Central, 8, 201-220.
Cao, M. (1998). La retórica visual como análisis posible en la didáctica del arte y de la imagen. Arte, Individuo y Sociedad, 10), 39-64.
Castells, M. (2001). La galaxia Internet. Areté.
Chowdhary, K. (2020). Fundamentals of artificial intelligence. Springer. https://doi.org/10.1007/978-81-322-3972-7
De Dios, S., Romero-Rodríguez, L. y Aguaded, I. (2020). El lenguaje como creador de realidades y opinión pública: análisis crítico a la luz del actual ecosistema mediático. Íconos. Revista de Ciencias Sociales, 67, 139-157. https://doi.org/10.17141/iconos.67.2020.3942
Diresta, R. (2018). Computational propaganda: If you make it trend, you make it true. The Yale Review, 106(4), 12-29. https://doi.org/10.1111/yrev.13402
Gal, N., Shifman, L. y Kampf, Z. (2013). It gets better: Internet memes and the construction of collective identity. New Media & Society, 17(1), 1-17. https://doi.org/10.1177/1461444814568784
Gómez, H. (2013). Desinformación en Internet y la hegemonía en redes sociales. Gestión de las Personas y Tecnología, 5(16), 26-34.
Katz, Y. y Shifman, L. (2017). Making sense? The structure and meanings of digital memetic nonsense. Information, Communication & Society, 20(6), 825-842. https://doi.org/10.1080/1369118X.2017.1291702
Krippendorff, K. (1980). Content analysis. Sage.
López, A. (2015). El impacto de Twitter en el periodismo: un estado de la cuestión. Revista de la Asociación Española de Investigación de la Comunicación, 2(4), 34-41. https://doi.org/10.24137/raeic.2.4.6
Martin, R., Puhlik-Doris, P., Larsen, G., Gray, J. y Weir, K. (2003). Individual differences in uses of humor and their relation to psychological well-being: Development of the humor styles questionnaire. Journal of Research in Personality, 37, 48-75. https://doi.org/10.1016/S0092-6566(02)00534-2
Milner, R. (2016). The world made meme: Discourse and identity in participatory media. MIT Press. https://doi.org/10.7551/mitpress/9780262034999.001.0001
Noelle-Neumann, E. (1995). La espiral del silencio. Opinión pública: nuestra piel social. Paidós.
Pandey, A., Mukherjee, S., Bajaj, S. y Jonnalagadda, A. (2019). Identification of meme genre and its social impact. Smart Intelligent Computing and Applications Smart Innovation, Systems and Technologies, 105, 11-21. https://doi.org/10.1007/978-981-13-1927-3_2
Petrova, Y. (2021). Meme language, its impact on digital culture and collective thinking. E3S Web of Conferences, 273, 11026. https://doi.org/10.1051/e3sconf/202127311026
Piata, A. (2019). Stylistic humor across modalities: The case of classical art memes. Internet Pragmatics, 2(2), 174-201. https://doi.org/10.1075/ip.00031.pia
Pidkuĭmukha, L. y Kiss, N. (2020). Battle of narratives: Political memes during the 2019 Ukrainian presidential election. Cognitive Studies, 20, 1-23. https://doi.org/10.11649/cs.2246
Pramanick, S. et al. (2021). Detecting harmful memes and their targets. Findings of the Association for Computational Linguistics, 2783-2796. https://doi.org/10.18653/v1/2021.findings-acl.246
Pujol, F. (2018). La prensa en Twitter: análisis de actividad e impacto en 2018. Cuadernos de Periodistas, 38, 54-67.
Rousseau, J. J. (1750). Discurso sobre las artes y las ciencias. iUniverse.
Silverstone, R. (2004). ¿Por qué estudiar los medios? Amorrortu.
Sola-Morales, S. (2020). Humor en tiempos de pandemia. Análisis de memes digitales sobre la covid-19. Zer, 25(49), 33-58. https://doi.org/10.1387/zer.21817
Torres-Marín, J., Navarro-Carrillo, G., Eid, M. y Carretero-Dios, H. (2022). Humor styles, perceived threat, funniness of Covid-19 memes, and affective mood in the early stages of Covid-19 lockdown. Journal of Happiness Studies, 1-21. https://doi.org/10.1007/s10902-022-00500-x
Wagener, A. (2021). The postdigital emergence of memes and GIFs: Meaning, discourse, and hypernarrative creativity. Postdigital Science and Education, 3, 831-850. https://doi.org/10.1007/s42438-020-00160-1
Wiggins, B. (2018). The discursive power of memes in digital culture: Ideology, semiotics, and intertextuality. Routledge. https://doi.org/10.4324 /9780429492303
Woods, H. y Hahner, L. (2019). Make America meme again: The rhetoric of the Alt-Right. Peter Lang. https://doi.org/10.3726/b14436
Zanette, M., Blikstein, I. y Visconti, L. (2019). Intertextual virality and vernacular repertoires: Internet memes as objects connecting different online worlds. Revista de Administraçao de Empresas, 59(3), 157-169. https://doi.org/10.1590/s0034-759020190302
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Palabra Clave

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Esta revista e os seus artigos estão publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). Você tem o direito de compartilhar, copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Para que isto ocorra: você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas; você não pode usar o material para fins comerciais; e, se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.