Fandom e a indústria cultural: o nascimento do fandom da ciência ficção nos Estados Unidos
Palavras-chave:
Ciência ficção, indústria cultural, audiência participante, cultura de massas, literatura popularResumo
Há muito que se evidenciou como a atividade do fandom é uma realidade complexa, um lugar eletivo de práticas grassroot de criatividade e resistência, mas também objeto de colonização e cooptação por parte da indústria cultural, em uma dinâmica na qual os mesmos aficionados se posicionam como cocriadores. Trata-se de um elemento evidente nas políticas de franquias de transmídia e na textualidade televisiva contemporânea de culto, mas que se pode reencontrar de diversas maneiras ao longo da história do fandom e desde suas origens. Isto, pelo menos, é certo no caso do fandom relacionado com a ciência ficção, que representa um caso sem dúvida particular: basta pensar na quantidade de fãs que, desde os anos 40 tornaram-se profissionais, como escritores, críticos, pesquisadores e inclusive editores. O próprio nascimento de um fandom organizado de ciência ficção se deve, pelo menos em parte, à atividade de promoção realizada “desde cima” pela indústria cultural. Particularmente, nosso artigo analisa, através do estudo da literatura e da pesquisa de arquivo, o papel ativo de Hugo Gernsback (editor de Amazing Stories, primeira revista de SF do mundo) no nascimento do fandom de ciência ficção nos Estados Unidos: para a divulgação do novo gênero e da promoção das mesmas revistas, Gernsback não só favoreceu o nascimento de grupos de apaixonados, publicando os endereços dos leitores e divulgando notícias e informação sobre reuniões e clubes, mas chegou inclusive a fundar uma Science Fiction League, com sedes em inúmeras cidades dos Estados Unidos e inclusive na Inglaterra.
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